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AFP projeta redução de pessoal para retomar equilíbrio financiero
O CEO da Agence France-Presse, Fabrice Fries, anunciou nesta quinta-feira (4) no conselho de administração um projeto de eliminar 125 postos de trabalho em cinto anos, no âmbito de um "plano de transformação" voltado para retomar o equilíbrio financeiro da empresa até 2021.
Os cortes de vagas, que representam cerca de 5% dos funcionários da agência no fim de 2017, permitiriam, segundo a direção, limitar o aumento de despesas da AFP, que, sem "profunda ação de correção", somada à leve queda das receitas comerciais, provocaria um déficit operacional acumulado de 90 milhões de euros nos próximos cinco anos.
O plano apresentado por Fries prevê a não substituição de 160 saídas naturais, com a criação de um dispositivo de estímulo à aposentadoria (dado que 258 funcionários terão 65 anos em 2023, dois terços dos quais são jornalistas) e, ao mesmo tempo, 35 novos recrutamentos.
As 125 vagas eliminadas seriam divididas em 85 entre equipes técnicas e administrativas e 40 entre jornalistas.
Com estas medidas, a administração quer reduzir em 16,5 milhões de euros os gastos da agência em 2023, incluindo 14 milhões em termos de custos de pessoal, em comparação com a tendência "natural" - a progressão destes gastos seriam reduzidas para 1,3% ao ano, em comparação com 2,4% no cenário de evolução "natural".
A direção não planeja lançar um plano de redução de empregos ou um plano de demissão voluntária, que seria muito caro, mas quer lançar junto aos sindicatos a negociação de um acordo GPEC (gestão prospectiva do emprego e habilidades) até o fim do ano.
Ao mesmo tempo, a direção quer implementar como parte deste "plano de transformação" a meta de expansão das atividades, anunciada em julho por Fries, que visa gerar 30 milhões de euros de receita comercial adicional ao longo de 5 anos através de investimentos em imagem (vídeo e foto).
Para financiar este plano, que deverá custar 21 milhões de euros até 2023 (incluindo 13 milhões de medidas iniciais e 8 milhões de investimentos), a AFP recorreu ao Fundo de Transformação de Ação Pública (FTAP), solicitando até 17 milhões de euros.