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Libertado fotógrafo da AFP detido enquanto cobria Marcha do Orgulho em Istambul
O fotógrafo Bülent Kiliç, da AFP, detido pelas forças de segurança turcas enquanto cobria uma marcha do Dia do Orgulho em Istambul, foi libertado na noite deste sábado (26).
KIliç, que ficou detido por várias horas em uma delegacia, disse ter apresentado denúncia por "detenção violenta" contra os policiais, que o jogaram no chão e pressionaram as pernas contra seu pescoço e costas. O fotógrafo também contou que sua câmera foi danificada durante a detenção. A direção da AFP protestou contra a "detenção violenta" do fotógrafo "quando apenas realizava seu trabalho de jornalista". A organização Repórteres sem Fronteiras na Turquia também condenou a detenção violenta do jornalista.
Segundo ativistas, as forças de ordem detiveram vários manifestantes em uma rua de Taksim, bairro no centro de Istambul por onde costuma desfilar a Marcha do Orgulho. Exibindo bandeiras com as cores do arco-íris e repetindo lemas que afirmavam a "existência" das pessoas LGBTQ+, os manifestantes tentaram escapar do bloqueio policial pelas ruas de trás, mas foram dispersados violentamente. "Não estamos fazendo mal a ninguém, Por que (não nos deixam passar)? Por isso?", gritou um manifestante aos agentes da polícia, apontando para a sua mão, entrelaçada a de outro homem, informou um jornalista da AFP no local.
Após uma marcha espetacular que reuniu 100 mil pessoas em Istambul em 2014, as autoridades proíbem ano após ano a marcha, oficialmente por motivos de segurança. As associações LGBTQ+ denunciam uma "campanha de ódio" do governo, que pode encorajar a violência contra uma comunidade particularmente vulnerável.