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Atentado em Cabul deixa 23 mortos, incluindo colaborador da AFP
Pelo menos 23 pessoas, entre elas um colaborador da AFP, morreram no atentado suicida cometido no domingo (23) perto do aeroporto de Cabul contra o chefe de guerra e vice-presidente, general Abdul Rashid Dostum, em seu retorno da Tuquia, onde esteve exilado por um ano.
"O balanço pode evoluir", afirmou o porta-voz do Ministério afegão do Interior, Najib Danish, atualizando o boletim anterior.
O atentado foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).
Entre as vítimas, está o motorista da redação da AFP em Cabul, Mohammad Akhtar, de 31 anos, pai de quatro filhos, incluindo um bebê de apenas alguns meses.
Funcionário desde 2007, Akhtar é o segundo colaborador da AFP morto em um atentado na capital afegã em menos de três meses.
Em 30 de abril passado, o chefe de Fotografia da AFP no Afeganistão, Shah Marai, morreu em um atentado suicida.
Neste domingo, um homem-bomba se detonou no meio da multidão que esperava por Dostum, homem forte da província de Jowzjan, norte do país, na saída do aeroporto internacional de Cabul.
A explosão aconteceu depois da passagem do comboio de veículos blindados de Dostum, que saiu ileso do ataque.
Entre os mortos, estão nove membros das forças de segurança afegãs, indicou um porta-voz policial.
Acusado no final de 2016 de ter agredido um rival, Dostum se exilou em Ancara em maio de 2017, oficialmente por razões de saúde.
Dostum, um sexagenário de etnia uzbeque acusado de múltiplos crimes, entre eles a morte de 2.000 talibãs trancados em contêineres, deve assumir novamente seu cargo de vice-presidente.
À medida que se aproximam as eleições legislativas de outubro e a disputa presidencial prevista para 2019, o presidente afegão, Ashraf Ghani, tenta restabelecer a tranquilidade no norte, reduto de Dostum, ameaçado pelos talibãs e pelo Estado Islâmico.